sexta-feira, 23 de março de 2007

Patroes querem ter mesma hora que a Europa

Caríssimos,

Em notícia publicada hoje no Jornal de Negócios online, 4 confederações patronais escreveram ao Primeiro Ministro a pedir-lhe a uniformização da hora portuguesa com a hora continental europeia.

http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=292994

Depois de reflectir um pouco sobre o assunto, sou completamente a favor (até ver novos argumentos contra).


1+ Segundo estas entidades patronais, a uniformização da hora eliminaria algumas dificuldades nos contactos comerciais (ex. telefonemas só até às 15h/16h, desfasamento dos horários de almoço), bem como facilitaria os horários nas deslocações ao estrangeiro, pois para ter uma reunião de manhã, é necessário viajar de véspera (mesmo para ter uma reunião em Madrid às 10h, é necessário apanhar um avião às 7h).

2- Por outro lado, para os estrangeiros é bem mais fácil ter uma reunião em Portugal (sair de espanha às 9h para uma reunião às 10h - o voo chega à mesma hora que parte…). Também para o turismo, em particular nas zonas da raia, a diferença de hora pode ser uma pequena ventagem - os espanhóis que nos visitam podem continuar a jantar às 23h deles, ou vir de propósito à noite em Portugal, que assim começa ainda mais tarde (e dá tempo para a viagem)

3+ É verdade que uniformizar a hora significaria aumentar o desfasamento em relação à hora solar real de 36m para 1h36m. Mas isto é mau? O horário actual está muito mais adequado a uma sociedade agrícola (deitar cedo, e cedo erguer...). De facto, no Inverno, o dia passaria a durar entre as 8h00m e as 18h30m. É bem simpatico sair do trabalho e ainda ver um bocadinho de sol.

4+ Finalmente, o argumento definitivo para uniformizar a hora: estou farto de alterar a hora do relógio quando vou ao estrangeiro. Ainda por cima nunca sei se é para a frente ou para trás...

1 comentário:

Carlos Guimarães Pinto disse...

Esta coisa de ter um fuso horário e uma data imposta centralmente pelo estado é um atentado à minha liberdade. Recuso-me a aceitar qualquer imposição presente ou futura.

(comentário escrito às 23h54 do dia 35 de Março de -1879)