Superdragões impedidos de entrar em Lisboa no 25 de Abril
Em notícia da TVI.
Não tenho qualquer simpatia pelos Superdragões. Aliás, com nenhuma claque de futebol. Mas acho sintomático o que se passou, logo no dia 25 de Abril.
Pelos vistos, os superdragões não são cidadãos em Portugal. A polícia arroga-se o direito de lhes impedir a entrada em Lisboa. Porque motivo? Por não haver condições de segurança. Ou seja, os "no name boys" ocuparam o espaço de bancada da equipa visitante. Logo, a polícia, em vez de pôr a claque do Benfica em sentido, prefere dirigir a sua acção para a claque Portista.
Caso ainda não tenha percebido, caro leitor, isto é o mesmo que ser publicamente ameaçado de morte, e a polícia em vez de prender o "ameaçador, vira-se para o "ameaçado" e diz-lhe para ter juízo e pôr-se a milhas.
É curioso que o dispositivo policial para mandar os SuperDragões de volta para casa (algo que nenhuma polícia tem direito a fazer num país democrático, nem no nosso) era mais que suficiente para proteger os SuperDragões dos No Name. O que me leva a outra interpretação.
A interpretação "minority report" - pressupor à partida que os SD vão cometer crimes e tratá-los como criminosos. Note-se que há muitos superdragões. Uns são pacíficos. Outros não. Mas cada um deles é um cidadão com direitos.
O que me parece mais curioso é que, se fossem os "no name boys" a ser barrados na ponte da Arrábida era o "aqui d'el rey" que é o bairrismo do norte, mais os caciques do norte, mais a polícia corrupta do norte.
Afinal, foi só a "imparcial" polícia da Capital que protegeu Lisboa de um bando de arruaceiros. Falso - foi a polícia da Capital que protegeu uns arruaceiros de Lisboa e tratou os inocentes como criminosos!
Há cidadãos de primeira, e cidadãos de segunda...
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