sexta-feira, 4 de maio de 2007

Superdragões impedidos de entrar em Lisboa no 25 de Abril

Em notícia da TVI.

Não tenho qualquer simpatia pelos Superdragões. Aliás, com nenhuma claque de futebol. Mas acho sintomático o que se passou, logo no dia 25 de Abril.

Pelos vistos, os superdragões não são cidadãos em Portugal. A polícia arroga-se o direito de lhes impedir a entrada em Lisboa. Porque motivo? Por não haver condições de segurança. Ou seja, os "no name boys" ocuparam o espaço de bancada da equipa visitante. Logo, a polícia, em vez de pôr a claque do Benfica em sentido, prefere dirigir a sua acção para a claque Portista.

Caso ainda não tenha percebido, caro leitor, isto é o mesmo que ser publicamente ameaçado de morte, e a polícia em vez de prender o "ameaçador, vira-se para o "ameaçado" e diz-lhe para ter juízo e pôr-se a milhas.

É curioso que o dispositivo policial para mandar os SuperDragões de volta para casa (algo que nenhuma polícia tem direito a fazer num país democrático, nem no nosso) era mais que suficiente para proteger os SuperDragões dos No Name. O que me leva a outra interpretação.

A interpretação "minority report" - pressupor à partida que os SD vão cometer crimes e tratá-los como criminosos. Note-se que há muitos superdragões. Uns são pacíficos. Outros não. Mas cada um deles é um cidadão com direitos.

O que me parece mais curioso é que, se fossem os "no name boys" a ser barrados na ponte da Arrábida era o "aqui d'el rey" que é o bairrismo do norte, mais os caciques do norte, mais a polícia corrupta do norte.
Afinal, foi só a "imparcial" polícia da Capital que protegeu Lisboa de um bando de arruaceiros. Falso - foi a polícia da Capital que protegeu uns arruaceiros de Lisboa e tratou os inocentes como criminosos!

Há cidadãos de primeira, e cidadãos de segunda...

Sem comentários: