quarta-feira, 25 de abril de 2007

E o prémio de pseudo-liberal vai para...João Miranda!!!

Este João Miranda diz-se "liberal" (logo, defensor da liberdade). Como bom "liberal" não gosta do 25 de Abril. Considera-o "um mito", que o Estado não deve ter uma posição a favor da democracia, pois assim não é neutro, e prossegue comparando as eleições do pós-25 de Abril com as eleições do Estado Novo.

Fica aqui o
post, e as posteriores explicações na caixa de comentários:
"Mas o que são as cerimónias do 25 de Abril se não uma missa laica? As cerimónias do 25 de Abril servem para reafirmar a fé dos dirigentes nos valores que supostamente fundam o regime. Ora, uma cerimónia de reafirmação de fé só tem a ganhar com a presença da autoridade religiosa tradicional porque esta confere legitimação à nova fé. É claro que a mistura entre estado e religião é preocupante, mas os argumentos contra essa mistura são igualmente válidos quer se esteja a falar da religião católica quer se esteja a falar de uma fé laica no mito do 25 de Abril." (João Miranda)

O 25 de abril existiu mesmo... (Tales de Mileto)

Jesus Cristo também existiu e nem por isso deixa de ser um mito. (JM)
Aposto que acredita em todas as historinhas que lhe contam sobre o 25 de Abril. (JM)
Quais historinhas, João Miranda?
O primeiro e mais óbvio é que o 25 de Abril trouxe liberdade ao país. Na verdade, só após o 25 de Novembro de 1976 é que a liberdade política fica garantida no país. (JM)
Um leva ao outro, não? Ou vai dizer-nos que o 25 de novembro de 76 foi muito antes do 25 de abril de 74? (Tales de Mileto)
Antes do 25 de Novembro já existia democracia. As eleições em 25 de Abril de 1975 para a Assembleia Constituinte são um facto. E estas eleições foram previstas na Lei n.º 3/74, de 14 de Maio. (Jorge Ramos)
Antes do 25 de Abril também havia eleições. (JM)
Sufrágio tão universal que até os mortos votavam. (EMS)

Será que o estado é mais neutro se tiver uma posição oficial sobre o que era viver antes do 25 de Abril? (JM)
A comemoração do 25 de Abril não é também uma óbvia violação da neutralidade do Estado? (JM)
Portanto, o Estado democrata não pode comemorar o facto de ser democrata. (Snowball)
Não há mal nenhum em comemorar datas históricas importantes. também comemoramos a implantação da república, ou nao? (lololinhazinha)
Mais um exemplo da falta de neutralidade do estado. E os monárquicos não são +portugueses? (JM)
De facto, estamos a ofender os fascistas ao comemorar o 25 de Abril... Já agora, porque não fez a mesma crítica no 5 de Outubro (ofende os monárquicos), no 1º de Dezembro (ofende quem defende a integração ibérica), no 10 de Junho (ofende quem não é patriota, não gosta das comunidades portuguesas, ou não gosta do Camões).
Porquê só criticar no 25 de Abril? (Snowball)

(Comentário Snowball) Como todos nós sabemos, o Estado Novo era Democrata e o 25 de Abril é uma criação Comunista, uma óbvia tentativa de estabelecer uma ditadura em Portugal. Só faltou João Miranda terminar com uma daquelas suas afirmações típicas, do estilo "os Portugueses morreram na guerra colonial porque assim o escolheram - podiam ter feito como os outros e emigrado para França. Quem ficou foi porque queria ir para Angola..."

Isto é o liberalismo em Portugal. Com amigos destes, quem precisa de inimigos?

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