quarta-feira, 18 de abril de 2007

O centralismo de Francisco Assis

"O Governo deve discriminar positivamente o Porto no que concerne aos investimentos concedidos. Quem o diz é o vereador do PS, Francisco Assis."
(...)
"O autarca considera que a Invicta deve ter uma “discriminação positiva” no que respeita a investimentos do Governo por tratar-se da segunda cidade de Portugal."

Pode-se argumentar que é um importante pólo económico e populacional no país que está a passar dificuldades e necessita de apoio. Que tem um potencial de desenvolvimento enorme. Que tem sido prejudicado nos últimos anos. Que os investimentos desviados em 80-90 para a península de Setúbal deverão ser compensados mais cedo ou mais tarde. Que Portugal não é só Lisboa.

Não é isto que Francisco Assis argumenta. Usa o pior argumento. O argumento mais centralista - o da dimensão. O mesmo argumento usa Lisboa para captar os maiores investimentos - afinal, é a primeira cidade do país. Pelo argumento de Assis, a 3ª, a 4ª, ... a 10ª cidade de Portugal não merecem a mesma atenção, pois são mais pequenas, logo menos importantes.
Para Assis, Portugal é Lisboa e Porto. O resto é paisagem.

Inevitavelmente, só pode ter uma nota baixa do AntiProvinciano.
Nível de Provincianismo (1-10): 2 ("Portugal é Lisboa e Algarve (e Porto), o resto é paisagem")

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