quinta-feira, 19 de abril de 2007

Portela + 1 = Portela + Sá Carneiro + TGV?

Um artigo muito interessante de Maria Manuela Aguiar, n'O Primeiro de Janeiro. Não concordo com tudo o que é dito, mas deixo abaixo o essencial do artigo:

"Os aeroportos já existentes também contam, até porque temos assistido a práticas de desvalorização e mesmo de desvio de tráfego, que, naturalmente, iria para o Porto, o Algarve, a Madeira, e os Açores…Políticas de “puro” esquecimento das potencialidades dessas alternativas ou de “impuros” interesses – um dos quais parece ser o de inflacionar os números da Portela.

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É verdade é que muitos passageiros – sobretudo imigrantes, turistas, empresários – não têm Lisboa como destino final, e o facto de a Portela ter sido convertida, artificialmente, em placa giratória de entradas e saídas representa mudanças supérfluas e longas esperas em prejuízo das pessoas, mas também das regiões que demandam.
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Se o TGV fosse adiante a hipótese mais sensata era a de jogar na complementaridade dos dois maiores aeroportos, Porto e Portela, que juntos, atingem a capacidade de 30 milhões de passageiros. De comboio, a diferença entre uma viagem de maior ou menor duração não é decisiva visto que o verdadeiro incómodo é a mudança de meio de transporte em si mesma.Nada disto está, contudo, na linha do horizonte. Temos pela frente um quadro negro, que ameaça piorar com a enunciada privatização da ANA, como parte do negócio dos futuros “senhores da OTA”.
Por isso, bem andaram os portuenses que vieram reclamar para o seu aeroporto uma gestão independente da ANA – que ficará, fatalmente, enfeudada ao móbil de rentabilização e um investimento faraónico.

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